ANGICAL


1. O QUE É O ANGICAL
       "Por que se identificar tanto com o corpo material e, falsamente, querer distinguir um plano do outro?
    Meu filho: Vamos procurar a afirmação extra-sensorial e, para obtermos esta segurança, somente aqueles que se dizem nossos inimigos nos impulsionam à verdade. Porque, filho somente a dor nos redime, nos esclarece do bem e do mal.
   Então, eis porque Deus nos confronta, frente a frente, com as nossas vítimas do passado. E delas, ou por elas, inconscientemente, sentimos, na carne, o que as fizemos sentir.
   Então, vem a luz extraída da GRANDE DOR  refletida. Sim, meu filho, temos tudo na nossa vida, na Terra. Vivemos em ritmo acelerado, na esperança de encontrar um porta feliz, para desembarcarmos em paz desta viagem.
   Porém, temos, por lei, de divulgar, nesta viagem, o que nos é direito e o que prometemos do bem e do mal.
   Todos desejam triunfar na vida e na morte. Enquanto uns reagem diante do fracasso, outros se deixam abater. Nossos triunfos são medidos pelas nossa tendências em prosseguir na luta e na habilidade com que somos capazes, enquanto ao fracasso dizemos as nossas inconformações; na luta franca, mental, podemos muito bem dominar as nossas paixões, os nossos desejos.
   No domínio de nossa inteligência, conseguimos alcançar o que quisermos. Não nos expondo ao EGOISMO, podemos controlar os nossos sentimentos, sofrendo menos, é claro.
   Sim, filho, porque em tudo há uma razão. Vamos, neste instante, lembrarmo-nos de Jurema, a linda crioula que se dispôs à sua missão e, desfazendo-se de uma revolta, assumiu o comando em sua jornada (I).
    Jurema era uma pequena escrava, que Pai João de Enoque e Pai Zé Pedro de Enoque incluíram em sua missão e, com ela, também Janaína, Iracema, Jandaia.

(I) Para maiores detalhes, veja a história das Princesas na Cachoeira do Jaguar.
Janara, Iramar e juremá, todas escravas de fazendas vizinhas, exceto Janaína, que era uma sinhazinha.
     Foi na era de 1700. As forças se deslocaram, desta vez para o Brasil. Toda a tribo reencarnou, naquela era, que nos parece distante, e, desta vez, prevaleceu a magia, porém a MAGIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
    Então, as forças se cruzaram e o espírito a caminho foi-se desvirtuando, a ponto de provocar novas dívidas. Uns se iluminaram, outros descambaram.
   Porém, o povo dirigido pelos Enoque chegou até aqui. E pensamos nos desajustes e evoluções destes espíritos, elítrios acrisolados em seus próprios destinos de obsessão que, neste campo de evolução, chegaram até aqui.
    Porém, o que mais nos identificou, foi a vivência do Angical. Os reajustes se acentuaram naquele pequeno povoado, onde os velhos imperadores voltaram na roupagem de pretos velhos, pequenos fazendeiros, senhores de engenho e sabe Deus o que mais...
    Hoje, no Templo do Amanhecer, os mais esclarecidos buscam os que ainda estão nas trevas ou ao alcance de suas cobranças. Agem, se esclarecem, e voltam para Deus, em busca de suas origens. São espíritos que já sofreram tanto que, às vezes, se evoluem apenas com os primeiros esclarecimentos dos doutrinadores e dos Aparás.
    ...Um apará e um doutrinador, fazendo uma CORRENTE MAGNÉTICA, tem a permissão de Deus para retirar um elítrio, conforme seu merecimento.
     Porém, o fato é que há necessidade, nos planos espirituais, de que estes espíritos voltem para Deus. Tudo sendo feito, sem dúvida, na LEI DO AUXÍLIO, que é a única maneira de chegarmos a Deus."
2. O TRABALHO DO ANGICAL
    2.1 - O Angical é um trabalho realizado uma vez por mês, em que são trazidos nossos cobradores, isto é, uma bênção de Deus permitindo que velhos débitos sejam acertados pelo reencontro de espíritos que têm a oportunidade de se libertarem de seus ódios, de seus desejos de vingança, como foi explicado por Tia Neiva.
   2.2 - Para participar do Angical, os Jaguares devem trajar camisa quadriculada, de preferência xadrez, calça marrom do uniforme, fita e crachá com a identificação de sua princesa ou Mentor. As ninfas devem estar de blusa preta (se for a do uniforme de Jaguar, sem as morsas), fita, identificação e uma saia longa, de chita estampada.
    2.3 - A abertura dos trabalhos deverá ser feita às 21:30 horas, e não há necessidade de se fazer o cruzamento da preparação normal. O médium só faz a abertura do plexo diante da Pira, e se retira. Caso haja um grande número médium e o Retiro tenha sido encerrado mais tarde, pode o dirigente do Angical fazer uma abertura coletiva, com os médiuns já em suas posições, sem necessidade de chegarem à Pira.
    2.4 - As incorporações se fazem em todos os locais do Templo, exceto nos Castelos, Cassandra e Cabalas. Podem ser feitas no sudálio. Na parte evangélica, somente na Mesa Evangélica, que funciona permanentemente, sendo interrompida somente para a substituição dos médiuns. Para atendimento de pacientes, nos Tronos, para ali devem dirigir-se os médiuns que se disponham a atendê-los pelo maior tempo possível. Mas, também, mesmo nos bancos, onde os médiuns estão incorporados, podem ser atendidos pacientes que desejam o auxílio desta ou daquela entidade.
    2.5 - Para encerrar o seu trabalho, o médium simplesmente agradece à entidade, e pode se retirar. Não há encerramento formal. Como não há limite de tempo para o trabalho, o dirigente pode estipular uma hora determinada para que seja encerrado o Angical. Mas os mestres podem encerrar antes da hora marcada, ficando a critério de cada um.


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